12 de agosto de 2011

#SaiunaMídia



A MÍDIA E AS SUAS DEFICIÊNCIAS...



Pessoas com deficiência cobraram a ação da mídia no processo de inclusãoO I Seminário Mídia & Deficiência – Qual é o papel da comunicação no processo de inclusão? que foi realizado nesta quarta-feira no Teatro Dante Barone na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul não contou com a presença de muitos participantes, entretanto emissoras de televisão e outros veículos de comunicação do estado estiveram no local para debater o assunto. Um dos pontos fortes do evento foi a acessibilidade notavelmente esforçada devido as limitações do teatro da assembléia. Os equipamentos para cadeirantes, a áudio-descrição para os cegos e as libras para os surdos deram inicio ao debate que contou com altos e baixos e até algumas discussões. Também houve certas gafes, como o tombo de uma cadeirante no inicio do evento que ao chegar foi derrubada da adaptação da escada devido a uma dificuldade no aparelho, foi um susto, mas nada que prejudicasse o andamento do seminário. O Evento organizado pela Publicitária, Juliana Carvalho – Coordenadora do Projeto Assembléia Inclusiva e do Movimento Superação RS, apresentadora do programa Faça a Diferença, autora do livro na minha cadeira ou na tua? Que também assina o blog sem barreiras do grupo RBS e o blog comédias da vida aleijada , foi bastante polêmico e repleto de desabafos. Muitos deficientes manifestaram a suas angustias e relataram como se sentem invisíveis na sociedade. Jairo Marques, cadeirante, que foi convidado para ser painelista do evento, Chefe de reportagem da Agência Folha de São Paulo, disse que ao chegar no hotel onde ficou hospedado em Porto Alegre a recepcionista do local não se referia a ele mesmo com a sua presença, comunicava-se apenas com quem o estava acompanhado. “Ela não falava comigo, perguntava ao meu acompanhante o que eu precisava e que serviria o meu café no quarto, etc.”, diz Jairo.Profissionais da área de comunicação que participaram representando a RBS, Rede RECORD, Grupo Bandeirantes e a TVE falaram sobre as dificuldades de acertar os termos técnicos sobre deficiência e o tom das matérias de forma que não ferissem os princípios dos deficientes. Manoel Soares, repórter da RBS, ex-apresentador do HiP Hop Sul da TVE RS, pediu paciência e maior empenho dos deficientes nas críticas das reportagens sobre o tema. “Mandem emails reclamando, falem, mas sejam pacientes, pois é errando que conseguimos encaixar na pauta reportagens sobre deficientes”, diz Manoel. Givanildo de Menezes, Gerente de Jornalismo da Rede Record, aprovou a iniciativa do evento em distribuir Manuais de Redação sobre o tema e se comprometeu em fazer o mesmo para a sua equipe de redação. O Jornalista Gustavo Trevisi, que teve Paralisia Cerebral, desafiou os veículos de comunicação a produzirem materiais específicos para deficientes e não somente pautas tristes que explorem superação e vitimização. “Assim como em alguns jornais tem os cadernos viagem, turismo, etc., deveria ter um caderno Acessibilidade para informar pessoas com deficiência”, diz Gustavo. Algumas universidades também se fizeram presentes, representantes dos cursos de jornalismo da Unisinos, PUCRS, UFRGS e ULBRA que se comprometeram em avaliar seus cursos encontrando formas de trabalhar estes conceitos na academia preparando os futuros profissionais da mídia. O Segundo Seminário de Mídia & Deficiência aparentemente foi encaminhado e certamente contribuirá com a inclusão das pessoas com deficiência em nossa sociedade.Postem seus comentários neste blog sobre o evento, contribuam com as suas opiniões e ajudem efetivamente no processo de inclusão e reivindicações dos direitos das pessoas com deficiência.Priscila GautoRelações Públicas- CONRERP 2913


Link da matéria: http://grupopropulsao.blogspot.com/2011/07/midia-e-as-suas-deficiencias.html

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